JÁ SÃO 60.000!!!
Caros Colegas,
O Sr. Engº Sócrates ainda ontem na estrevista da SIC disse que o emprego aumentou: não estou a ver aonde. Pelo menos nos Licenciados é que não foi!!!! Ora procurem e leiam lá esta notícia:
http://jn.sapo.pt/2008/02/19/economia_e_trabalho/
licenciados_desemprego_duplicaram_ci.html
O Sr. Engº Sócrates ainda ontem na estrevista da SIC disse que o emprego aumentou: não estou a ver aonde. Pelo menos nos Licenciados é que não foi!!!! Ora procurem e leiam lá esta notícia:
http://jn.sapo.pt/2008/02/19/economia_e_trabalho/
licenciados_desemprego_duplicaram_ci.html
Etiquetas: Notícias
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Os Jovens não querem trabalhar
Diz-se que os nossos jovens já não querem trabalhar, mas é compreensível as expectativas dos jovens acederem a um emprego melhor e mais bem remunerado aumente à medida que evoluem nos seus estudos. Foi isso que sempre lhes foi dito por pais e educadores e foi para isso que se esforçaram durante 10, 15, 20 ou mais anos. Qualquer trabalho é digno, mas terá sido para ser trabalhar como servente de pedreiro, varredor de ruas, distribuidor de publicidade, de bilhas de gás, de mobílias (por exemplo) que o jovem estudou, que os pais e o país investiram tanto dinheiro nele? Não precisa de saber matemática, botânica, geografia, para aquelas tarefas. O jovem em busca de emprego até poderá aceitar uma dessas ocupações mas será natural que fique extremamente frustrado, por isso é compreensível que fique à espera. Por certo também não foi esse o futuro que os pais desejavam para o seu filho quando o incentivaram a estudar e ficarão também muito desapontados. Não é por acaso que o número de desempregados no grupo dos licenciados é maior. É indigno ofender dessa maneira as legítimas expectativas dos jovens. Será que este país deseja criar uma geração de frustrados?
A culpa é do estado português que aumentou drasticamente o número de anos de escolarização num país que não tem capacidade de lhes oferecer empregos compatíveis. Por outro lado este país não tem gente adequada para desempenhar as funções mais humildes, que não precisam de qualquer habilitação académica. Este fenómeno já acontecia há vinte ou trinta anos em França e na Alemanha quando para lá emigravam os nossos compatriotas. Já então havia desemprego nesses países mas também falta de mão de obra para os trabalhos mais modestos que acabavam por ser ocupados por portugueses. Agora em Portugal dá-se o mesmo só que os “portugueses” são os brasileiros, marroquinos e outros.
Há outro grupo de desinseridos: são os que se desinteressaram cedo pela escola e que a abandonam ou que por lá andaram apenas porque a lei não lhes permite que comecem a trabalhar como alternativa sem que tenham a idade legal de 16 ou 18 anos. É irrelevante que seja uma ou outra idade, porque o que realmente importa é que comecem a trabalhar logo que deixem de estudar. Não podem perder hábitos de trabalho adquiridos na infância enquanto andaram na escola, porque estudar a sério é trabalhar. Se ficarem um ou dois anos sem nada fazerem serão depois muito difíceis de recuperar.
Para os estrangeiros é mais fácil a aceitação de qualquer empregos, independentemente das habilitações que possam possuir porque: Consideram-no desde logo como temporário; Em virtude das diferenças de câmbio da moeda, um salário aqui mal remunerado é muito superior ao que poderiam auferir no seu país, por vezes, até, nas funções técnicas para que estão habilitados. Se assim não fosse não teriam vindo; Os familiares e os amigos estão longe, não testemunham as condições de trabalho e os sacrifícios que têm que suportar, porque com um modesto salário português a sua sobrevivência aqui é muito difícil. Por isso, é frequente que vivam em comunidades, amontoados às dezenas em apartamentos que se destinariam a uma só família. Nessas condições não poderão fazer projectos de ficar por cá definitivamente. O objectivo máximo é o de amealhar o máximo de euros, o mais rapidamente possível para regressarem aos seus países de origem; Quando regressarem poderão então converter o dinheiro amealhado na moeda do seu país e será então a altura de ‘começarem verdadeiramente a viver’ e de realizarem os seus sonhos: casar, ter a uma casa e a sua independência financeira. Nós, que somos também um país de emigrantes, temos experiência disso: Não era isso que faziam muitos dos nossos cidadãos nos países para onde emigravam? os que iam ocupar empregos mais humildes! Sobreviviam e amealhavam o podiam, o mais rapidamente possível. Regressavam então a Portugal e realizavam o seu sonho, construindo a sua casa e a sua independência financeira, através da criação de um qualquer negócio: café, restaurante ou oficina.
Há ainda um outro grupo de imigrantes sem qualquer qualificação e que se inserem sem dificuldade em qualquer tipo de trabalho, são os vindos de países com grandes dificuldades, principalmente de África.
Zé da Burra o Alentejano
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